sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Raclete em Davos

Não costumo fazer muitas menções a restaurantes, embora seja um dos nosso programas favoritos (meu e do marido), mas esse restaurante em especial vale a pena contar.

Segunda-feira demos uma passada em Davos e de almoço tivemos Raclete num restaurante da cidade. Um charme. Cheio de delicadezas.

O lugar estava repleto de enfeites de Natal. Bonequinhos de pano, anjinhos de madeiras, árvores de galhos retorcidos. O potinho de manteiga era simples e delicado.

O Raclete foi a melhor opção pra nos esquentar da nevasca que pegamos na volta para Zurique.

Para mim foi inédito o picles de pimenta para acompanhar o prato.

Até a disposição do açúcar para o café era charmosa! Com chocolatinhos só pra fechar com chave de ouro. É muito bom sair satisfeito de uma refeição!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Vivendo e aprendendo


Adoro Caponata. E como eu tinha uma beringela dando sopa na geladeira, pensei em fazer pelo menos algo parecido com ela, no melhor estilo improvisado, mais uma vez. No fim não foi bem uma Caponata que saiu, mas um ante pasto qualquer de berinjela.

Cortei a berinjela (uma apenas) em tiras fininhas, deixei no sal por duas horas e meia mais ou menos. Depois disso lavei e sequei ela bem. Numa panela refoguei meio pimentão vermelho em tirinhas e 1/4 de cebola no azeite e alho. Acrescentei um tiquinho de nada de vinho (um dedo) e umas gotas de limão (loucuras minhas). Desliguei o fogo, misturei a berinjela, mandei para vidro e cobri com um azeite gostoso.

Como queria dar um docinho no ante pasto e não quis mais comprar um pacotão de uva passa no supermercado, que certamente iriam pro lixo daqui umas 2 semanas (vou sair da casa em que estou) optei pelo pimentão vermelho, que depois não me pareceu uma boa idéia. Quando fui provar o ante pasto percebi que algo estava errado e me dei conta que o que me incomodava era um certo cheiro de fritura.

Todas as receitas que vi sobre a Caponata envolvem fritura ou refogado, e nenhuma que comi parece ter esse gostinho que lembra fritura que encontrei na minha. Ela não ficou de todo mal, mas ainda estou tentando entender o que aconteceu e não me agradou. Ah, e pra completar, a foto saiu esquisita... mas nem valia a pena consertar. :)

Variações do mesmo tema - blutwurst


É salsicha que não acaba mais. A Suíça produz cerca de 400 tipos.

Essa é blutwurst (salsicha de sangue), acompanhada de batatas cozidas e molho de rábano picante.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A falta que faz

Depois de dois meses e meio na Suíça não sinto um pingo de falta de churrasco ou feijoada, mas eu já sabia que seria assim. Não que eu não goste de um ou de outro, mas simplesmente são coisas que não me fazem falta.

O que realmente me faz falta por aqui são os restaurantes japoneses (ou da abundância deles, porque até tem japonês por aqui)!

De vez em quando tem isso em casa

Comida suíça, rösti e bratwurst.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Cozinha temporária


Estou há um mês e meio numa cozinha (ou corredor :]) que não será por mais muito tempo minha (mais um mês e estou saindo daqui). Então, não devo investir em muita quantidade de condimentos nem de alimentos. Por esse motivo a minha criatividade quase já se esgotou, o que faz minar minha vontade de cozinhar, ainda mais agora que percebi, depois de ter viajado um tanto e tirado outro tanto de fotos, que eu estou precisando de um pequeno regime. É a vida! Os meus 1,56m de altura não comportam toda a vontade que tenho de experimentar coisas diferentes! Hehe. :D O negócio é investir em coisas leves, pequenas quantidades e exercícios.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Coniglio alla Lombarda con Polenta


Foi no orkut que acabei achando a receita de coelho que mais me agradou. A partir dela, para variar, fiz as minhas adaptações. Fora um pequeno acidente de percurso (no abrir e fechar do forno fiz uma bolha na mão!) a receita ficou boa e o molhinho muito gostoso.

Coelho (acompanhamento: polenta)

Ingredientes

400 gr de coelho em duas partes
1 dente de alho picado
30 gramas de manteiga
1 xícara de vinho branco seco, aproximadamente.
1/2 xícara de chá de creme de leite fresco.
Alecrim a gosto
Caldo de legumes (ou de carne) o quanto baste para regar o coelho
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Preparo:

1- Lave e seque os pedaços de coelho. Tempere com pimenta, alho, sal e alecrim
2-Deixe-os marinando nesses temperos por no mínimo 12 horas (deixei bem menos :)
3- Em uma assadeira, derreta a manteiga, junte o coelho e doure-o lentamente, em fogo médio. Após ficar todo dourado, adicione o vinho e raspe o fundo da assadeira com uma colher de pau, para soltar os resíduos do cozimento. Deixe reduzir um pouco.
4- Incorpore o creme de leite, misture até homogenizar, introduza meio copo de caldo de legumes (ou de carne) e leve ao forno pré-aquecido a 180/200 graus, por aproximadamente 40 minutos.
5- A cada 15 minutos vire os pedaços da carne e regue com colheradas do caldo de legumes (ou carne).

Avestruz


Bisteca de avestruz (Straussensteak).

Colocar na carne: sal, pimenta do reino moída e um pouquinho de alecrim seco e alho. Fritar em azeite, cuidando para que a carne fique levemente mal passada.

Servir com purê (manteiga, batata, alho e sal) e refogado de legumes (ervilha torta, um pouquinho de pimentão e alho poró no azeite, alho e cebola).

Mais Expo Vina


Sábado eu e o Mario passamos a tarde na Expo Vina, feira de vinhos que ocorre todos os anos aqui na cidade de Zurique. Os expositores são representantes de venda de vinhos do mundo inteiro na Suíça. A feira acontece em 8 barcos (mais dois barcos só de restaurante), dentro dos quais ficam os vários expositores. Você paga pela entrada CHF 20,- (vinte francos, o que hoje seria um pouco mais de 30 reais) e pode degustar a vontade.

Experimentamos muitos vinhos, entre eles gregos, italianos e suíços, mas principalmente vários Camenerès chilenos, o nosso preferido.

Os que provamos estão devidamente anotados no prático livrinho (de mais de 260 páginas) que recebemos na entrada da feira e que lista todos os vinhos segundo os expositores, assim como endereço e telefones destes. As encomendas geralmente se fazem por telefone e as entregas são postais.

domingo, 4 de novembro de 2007

Expo Vina

Comendo uma tortinha de queijo, na Expo Vina.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Panna Cotta

Minha Panna Cotta com calda de caramelo.

Andei navegando por aí em busca da receita perfeita de panna cotta, mas não foi possível encontrá-la, primeiro porque eu não estava munida de ingredientes perfeitos, e depois porque é difícil saber se a receita é perfeita sem antes testá-la!

Foi então que (mais uma vez!) experimentei fazer uma receita tirando a média de todas as outras que vi. Ficou assim:

250 mL de creme de leite 35%
250 mL de leite (usei semi-desnatado, porque era o que eu tinha)
13 gr de açúcar aromatizado de baunilha
1 colher das de sopa de açúcar de confeiteiro
1 colher das de café (bem pequenininha) de canela em pó
Folhas de gelatina quanto bastem para 500 mL (ou até para um pouco menos mL, para o pudim ficar bem molezinho)

Preparar a gelatina. Em seguida colocar o restante dos ingredientes numa panela e aquecer até quase levantar fervura. Em seguida misturar com a gelatina já pronta e misturar bem até que se certifique que a gelatina se dissolveu bem em todo o líquido. Levar para geladeira em forminhas individuais.

Essa receita rendeu 4 porções. Para duas porções derreti caramelo e forrei o fundo das forminhas, esperei o caramelo endurecer e então coloquei o líquido para depois levar para gelar. As outras duas usei uma calda de maracujá que tinha preparado anteriormente. Com calda de maracujá ficou muito bom!

Com certeza uma fava de baunilha iria muito bem, mas me surpreendi positivamente com o açúcar aromatizado da Oetker - achei ele bem melhor do que essência de baunilha (essência de baunilha nunca me agradou).

Ah! E claro, como eu deveria ter previsto, colocar canela em pó deixa o pudim com os pontinhos da canela (como dá pra ver na foto). Coloquei porque pensei que poderia combinar. Não ficou mal, mas esse detalhe da canela é bem dispensável. :)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Almoço alemão

A comida alemã me agrada. Vou me adaptar bem por aqui na Suíça.

Sábado foi dia de passear. Para o almoço acabamos indo parar numa cidade da Alemanha chamada Lindau, que fica na região da Bavária, fronteira com a Áustria, na beira do Bodensee (lago). O restaurante que comemos ficava no meio de um parque, na beira do Klinersee (outro lago, que tem ligação com o Bodensee). A comida estava bem reconfortante e do jeito que eu esperava. Pedi um prato com chouriço (linguiça de sangue), Leberwurst (feito de figado, toucinho e bastante especiarias - era bem perfumada a linguiça), chucrutes e batatas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Espaguete com bacon e creme de leite

Hmmmm, adoro massa!

Cozinhe massa para duas pessoas até ficar "al dente".

Frite o bacon (4 colheres de sopa de bacon bem picadinho) em sua própria gordura com um pouco de cebola picada (duas colheres de sopa) numa panela anti-aderente. Em seguida junte creme de leite fresco (200 mL) e queijo Grana Padano ralado (3 colheres de sopa cheias). Adicione pimenta do reino e, se for necessário, corrija o sal. Fica bem gostoso e é tão prático!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Torta improvisada de maçã e canela

Agora até acho simpática a torta!

Há um tempo atrás estava sem criatividade para usar umas maçãs que comprei em grande quantidade. Nenhuma receita de torta me inspirava.

Foi então que resolvi comprar uma massa pronta pra torta, cortei as maçãs em fatias de meio centímetro, fiz um caldo grosso com uma xícara de chá de açúcar de confeiteiro, algumas colheres de água e bastante canela. Cobri as maçãs dispostas na massa com o caldo e mandei tudo pro forno a 200 graus, de olhos fechados. Olhei pra torta pronta, não simpatizei e mandei pra geladeira! No dia seguinte encarei a torta geladinha e mandei ver no primeiro pedaço. Eu me surpreendi, porque estava bem gostosinha! Até animei e tirei uma fotinho, mas já faltando o meu pedaço! :)

Também, como maçã com canela poderia dar errado? A massa pronta era bem gostosa, ficou durinha, com a maçã assada macia por cima.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Almoçar sozinha

Uma coisa que não acho muito divertido é almoçar ou jantar sozinha, assim como cozinhar só para mim. Mas - procurando ser otimista - tem lá seu lado bom. Como sou fã de sanduíches e meu marido nem tanto, aproveitei que hoje iria almoçar sozinha e fiz um sanduba. Não foi nada elaborado, somente tentei fazer algo que tivesse "cara" de almoço, e não lanche da tarde.

O sanduba.

Temperei umas rodelas de tomate com pimenta do reino e sal. Coloquei fatias de presunto, queijo mascarpone, fatias finas de gruyerè, os tomates temperadinhos e como tinha umas folhinhas de coentro na geladeira, coloquei só duas (também achei que isso daria uma cara de almoço para o sanduba, mas pensei depois que iria bem era um majericão ali). E esse foi o almoço, além do suquinho e, como ninguém é de ferro, um chocolate de sobremesa.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Sopa de lentilhas vermelhas e alho poró - uma boa idéia

Sopa de lentilhas.

Gosto muito de lentilhas, mas nunca antes tinha experimentado das vermelhas. Fiz uma sopinha simples com elas e fiquei satisfeita. Só lentilhas e alho poró. Para temperar um refogado de azeite, alho, cebola e pimenta.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Fajitas ao meu modo

A fajita.

Sábado foi dia de compras. Compramos de tudo, inclusive, claro, comida.

Durante as compras o Mario e eu nos empolgamos para fazer fajitas, então sábado a noite foi a hora certa para faze-las.

Compramos algumas coisas prontas e preparamos as demais. O pão, o feijão (que na verdade nem vai nas fajitas, pelo que sei), e o chili jalapeño em conserva já estavam prontos. Depois foi só preparar a carne bovina e a de frango refogadas com cebola, os pimentões idem, o alface cortado fininho e a guacamole (limão, tomate e abacate). Faltaram alguns ingredientes, mas para nós tudo isso foi mais que suficiente. Eu adoro e estava uma delícia. :)

A mesa.

domingo, 30 de setembro de 2007

Salada e queijos

Variação do mesmo tema: salada.

Aqui em casa não tem faltado salada, principalmente as de folhas. Às vezes, quando não tem um prato de salada, parece que falta algo na refeição.

Eu gosto de vez ou outra colocar queijo nelas. Pode ser parmesão em fatias finas, gruyère, mussarela de búfala, ou, como desta vez, o queijo feta.

Foi alface, tomate, cenoura em fatias finas e um pouco cebola cortada bem fininha também. Além do queijo, claro. Temperei só com azeite, limão siciliano e sal.

Batatas ao alecrim

As batatinhas.

Eu adoro essa combinação! Sejam elas salteadas ou no forno.

É tão simplesmente colocar o alecrim seco, sal e um fiozinho de azeite. Se achar pouco, ainda dá pra jogar um pouquinho de alho desidratado por cima. Depois é só mandar pro forno.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pratos rápidos - salada e espaguete

A salada.

O espaguete.

Os jantares saídos da nova cozinha tem sido os mais práticos possíveis. Na verdade, acho que ando em crise, pouco criativa. Talvez continuem saindo pratos mais rápidos da nova cozinha, pois me matriculei um curso intensivo de alemão e estudarei todos os dias. Vou continuar ainda tendo tempo livre, mas também tenho que usá-lo em outras coisas.

Ontem preparei uma salada com alface roxa, cenoura fatiada no cortador de legumes, gruyerè também fatiado fino no cortador de legumes e cebola em fatias bem fininhas. Temperei com um molho de ervas.

Já para o espaguete, refoguei os cogumelos paris frescos junto com os camarões em azeite, alho, cebola, pimenta chilli em pó, pimenta do reino e limão siciliano. E só. Deu para o gasto, mas acho que a salada estava melhor! :)

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Maçãs e traumas

Nossas maçãs.

Comprei dois quilos de maçãs e quero arrumar uma boa receita para usá-las antes que eu me canse de comê-las in natura.

Embora goste de maçãs, tenho uma história traumática envolvendo essa frutinha. Quando eu tinha 10 anos de idade levei uma delas para comer durante o horário de lanche da escola. E não é que depois de comer metade da fruta com belas mordidas, não vejo uma minhoquinha branca dançando numa parte marrom dentro dela? Depois disso, mesmo gostando, nunca mais comi maçã com a mesma vontade e prazer. Parece que agora, 17 anos passados do acontecimento, tenho comido maçã ao natural com mais vontade. Que bobeira, né?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

De volta a Zurique

Primeira refeição saída da nova cozinha, no nosso ap.

Segunda refeição, já com jogo americano. :)

Depois de mais de uma semana no hotel (leia-se: sem cozinha), finalmente nos mudamos pra um apartamento. Estou agora na terra do queijo e chocolate, circulando numa nova cozinha, que por sinal é muito bem equipada. As novidades para mim foram o forno elétrico grande, a máquina de expresso e o fogão elétrico. Tenho me dado muito bem com essas coisas novas. Já até fizemos as primeiras refeições em casa, por enquanto sem nada de muito elaborado, mas vou ter bastante tempo daqui pra frente pra garimpar ingredientes novos e antigos pelos mercados da cidade. Zurique é bem cosmopolita, dá para encontrar muita coisa vinda de vários lugares diferentes.

Ainda na fase só restaurante, no Beyond, olhando pro jiló do Green Thai Curry.

Ah! Eu e o Mario já compramos o primeiro livro de receitas em alemão, “bei Ikea”. São receitas simples, rápidas e baratas, como não poderia deixar de ser para o primeiro livro numa língua que não domino ainda.

Meu primeiro livro de receitas em alemão.

Quando chegamos, para passar bem o final do primeiro dia na cidade, fomos jantar no Santa Lucia, o restaurante em que eu e o Mario mais comemos na última viagem para cá. Olhando o Menu encontrei uma pizza que tinha como recheio molho de tomate, presunto, cogumelos, queijo gorgonzola e mais um ingrediente misterioso, que não decifrei porque ainda falta um tanto pra eu entender um cardápio inteiro em alemão. Fora o ingrediente desconhecido, a combinação dos recheios parecia ótima. Para que a chegada não fosse menos interessante, o ingrediente misterioso tinha que ser algo estranho, e foi! O tal ingrediente era uma gema de ovo bem no meio da pizza, que o assar rápido do forno a lenha deixou que ficasse cozida por cima e por baixo se espalhasse líquida e quase crua no meio da pizza. Não estava ruim, mas confesso que a surpresa do ovo me deixou meio em dúvida. Da próxima vez acho que vou de “Michelangelo”, que já provei e não tive dúvidas de que é muito boa. :)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Comida brasileira - parte 2.


Moqueca de peixe, tanto a baiana como a capixaba, um dos meus pratos brasileiros favoritos. Pirão, arroz branco e moqueca: combinação perfeita. :)


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Comida brasileira


Em breve estarei longe do dia-a-dia na comida brasileira e as oportunidades de comê-la começarão a ficar mais raras. Não sou de sentir muita falta de um ou outro tipo de comida - sinto apenas falta de coisas naturais, frescas e bons ingredientes, mas mesmo assim já comecei a usar as minhas chances de comer coisas típicas da minha terra. Sábado foi a vez da feijoada! Um restaurante legal aqui na Vila Madalena, uma cervejinha gelada num dia de 20 e poucos graus, foi muito bom.

Ainda me esperam as moquecas!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Curry

Ontem, em homenagem ao nosso primeiro ano de casamento e inspirada no frio que baixou aqui em São Paulo, fui até o supermercado pensando em colocar no carrinho ingredientes que iam bem para o preparo de algo com curry verde, já que o Mario adora. :)


Subi no meu carrinho peito de frango, cenoura, cebola, pimentão verde, hortelã e (ainda achando que curry não seria suficiente) umas pimentinhas dedo-de-moça.


Cortei a cenoura, o pimentão e a cebola em palitos finos. Fatiei fininho a hortelã. Cortei o frango em tiras. E um pouquinho de pimenta dedo-de-moça cortei em rodelas, tirando as sementes.

Refoguei o frango com sal, acrescentei os legumes (cenoura, cebola, pimentão) e refoguei mais um pouco. Coloquei na mistura mais ou menos uma parte de leite (comum mesmo, não de coco) para duas de água. Acrecentei o curry verde (o equivalente - porque é em tablete - a duas colheres de sopa, para, digamos, 400 mL) e esperei dissolver. Desliguei o fogo, joguei a hortelã e o pouquinho de pimenta dedo-de-moça por cima.

Servi com arroz japonês, aquele que a gente prepara para sushi. Esquenta bastante!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Mariscos e outros frutos do mar

Sou fissurada por mariscos. Por isso foi um deleite para mim o tempo que estive em terras chilenas. Afora os outros pratos, vinhos e demais bebidas, a riqueza de pescados e mariscos que se tem por lá é incrível. Não imaginava que fosse uma cozinha tão interessante. O registro das outras infinidades de novidades que provei vai ficar pra outra hora, agora o que quero é mostrar os frutos do mar.

A verdade é que a viagem já foi há algum tempo e até hoje sofro as consequências dela: carrego ainda os quilos que ganhei, já que não sou muito de me privar de comida.

Os locos (abalon chileno) são caracóis marinhos encontrados na costa marítima do Chile e que tem venda controlada pelo governo. Comi esse molusco algumas vezes. Difícil de descrever, mas ele tem uma carne consistente, e para que fique blandito (macio) é preciso que se bata a carne para prepara-la. Costuma-se comer acompanhado de maionese e salada (locos mayo). Confesso que antes de comer tinha com um certo preconceito, já que sabia se tratar de um prato apreciado e caro, mas que era comido geralmente com maionese. Depois entendi a combinação. Só comendo mesmo. :)

Os mariscos são consumidos em empanadas, caldos, mariscal, e no que mais sua imaginação permitir.

Experimentei também a centolla, um crustáceo que parece um caranguejo, mas enorme!

O congrio foi o peixe que mais vi por lá. Tem também a venda no Brasil, mas eles são menores e parecem um pouco menos vermelhinhos. Fiquei até curiosa para saber o porque disso, e de onde vêm os congrios vendidos por aqui, mas ainda não descobri.

Locos. Para quem quiser saber um pouco mais, aqui tem um link com artigo em espanhol sobre o molusco.

Congrio, peixe muito consumido por lá, de uma carne muito boa. Mercado de Coquimbo.

Variedade de mariscos a venda no mercado de Coquimbo.

De quebra ainda trouxe um brinde que ganhei na Vinha Concha Y Toro. Compramos três Casilleros del Diablo e levamos esse livro, que tem fotos realmente lindas dentro. Fico babando cada vez que folheio. Como ainda tenho machas (outro marisco encontrado no Chile) em conserva, vou usá-lo pela primeira vez quando for prepará-las.



quarta-feira, 4 de julho de 2007

Mais chilena - Espaguete com mariscos

Da viagem que eu e o Mario (marido) fizemos pro Chile no início do ano, trouxemos uns três enlatados com os mariscos chilenos. Ainda que a conserva não seja a melhor forma de come-los, só assim a gente poderia matar a saudade das comidas de lá. :)

Uma dessas latas de mariscos sortidos usamos há um tempo atrás, na casa da minha mãe. Ela fez um arroz com marisco simples, que ficou ótimo. Ainda resta uma, mas só de machas, que são famosas comidas na forma "a parmesana".

Dessa vez usei a lata de "Picadillo de Mariscos", com mariscos sortidos (entre eles choritos, navajuelas, navajas, machas, almejas, caracoles, cholgas, misturados na água e sal), para fazer um espaguete.

Fiz ainda o antepasto (beringela, tomate, cebola e pimentão) e a sobremesa (salame de chocolate).



O antepasto foi preparado no forno. Cortei em quadrados todos os ingredientes: uma beringela grande, uma cebola grande, meio pimentão verde grande e dois tomates. Reguei o fundo da assadeira com azeite, coloquei todos os ingredientes misturados na assadeira. Reguei com mais azeite. Coloquei em forno com fogo alto para assar. Depois de 15 minutos, retirei do forno e mexi os ingredientes, colocando pimenta do reino, sal e regando com mais azeite. Voltei ao forno até que ficassem bem cozidos os ingredientes.

Como tinha mini pães franceses congelados, cortei eles em fatias finas e coloquei para torrar, para comer com o antepasto.

O jantar foi acompanhado de um Carmerè.




Para o espaguete preparei um molho simples, com tomates pelados. Refogando a cebola e o alho cortado fininho, juntando os tomates e os mariscos. Preparei o espaguete e juntei ao molho. E só.

A sobremesa foi o popular salame de chocolate, mas o meu, para não perder o tom do jantar, teve um toque chileno. Ao invés de prepará-lo com conhaque ou vinho, preparei com Pisco 50 graus, bebida típica do país, feita a partir de um destilado de vinho.


O salame é feito misturando uma lata de leite condensado, uma colher de sopa da bebida, 200 gramas de chocolate em pó e um pacote de bolacha maizena em pedaços. Mistura-se tudo e enrola-se a mistura em forma de salame (melhor que seja no papel manteiga, mas dá pra fazer no papel alumínio também). Leve para gelar e corte em fatias, na espessura que desejar. Servir gelado.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Sorvete com banana - dica da minha sogra

Cortar a banana em rodelas. Esquentá-las por aproximadamente 50 segundos no microondas, potência alta. Cobrir a banana com calda de chocolate (daquelas de supermercado mesmo, para sorvete). Colocar por cima das bananas uma bola de sorvete, sabor chocolate ou creme, imediatamente. Se desejar, mais calda. E com farofinha de castanhas fica muito bom também!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Suflê de legumes e frango com batata

Ontem improvisei na preparação de um prato me inspirando numas receitas lidas em alguns blogs. Fiz uma mistura que lembra um suflê, mas com uma base de batatas. Ficou algo simples, mas gostei.



Ingredientes

- Base
2 batatas grandes cozidas, cortadas em rodelas

- Recheio
1 tomate grande maduro picado em quadradinhos
150 gramas de ervilhas frescas cozidas
1/2 milho verde (pequeno) cozido
1 xícara de chá de alho poró cortadinho
1/2 peito de frango desfiado
Margarina
1/4 de cebola picada
Molho bechamel

- Cobertura
3 claras de ovo
(reservar um pouco do bechamel)
Queijo parmesão ralado

Preparo

Recheio: preparar o molho bechamel e reservar. Refogar a cebola na manteirg e colocar os demais legumes (milho, ervilha, alho poró, tomate) e o frango desfiado. Acrescentar a esse refogado o molho bechamel, reservando 1/3 de xícara dele. Para a base, revestir o fundo de uma travessa com as batatas cozidas, em rodelas, apertando-as bem de modo que forre todo o fundo do recipiente. Salpicar sal. Cobrir com o recheio. Para cobertura, bater as três claras em neves e misturar a ela o restante do bechamel. Em cima da cobertura, polvilhar um pouco do parmesão ralado e levar ao forno até dourar levemente a cobertura. Está pronto para servir. Para duas pessoas.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

O início: Porotos Granados e Tomates Rellenos

Ah! Até que enfim comecei um blog para falar das minhas simples aventuras culinárias. Quero registrar aqui receitas e restaurantes experimento para poder dividir com quem come e com quem cozinha.

O post de abertura será sobre o jantar de ontem, de tema chileno!

Eu e o Mario tínhamos combinado de fazer Porotos Granados depois de um passeio na feira de quinta-feira que tem aqui perto, na Rua Mourato Coelho, porque encontramos o feijão com que ele é preparado. Da receita original só faltou mesmo o "ají de color", que é um azeite colorido e picante. Procurei muito uma foto dos feijões, mas o máximo que consegui foi isto:

Pena que não pensei em fotografar o que a gente comprou.

Nos tomates da foto abaixo tentei decorar com folhinhas de manjericão de modo que parecessem olhos, pq estava muito branquinho, mas não funcionou muito não.


TOMATES RELLENOS

2 tomates grandes
1 milho cozido
Salsinha
Alho

Cebola
Sal
Pimenta do reino
Maionese q.b.
Azeite

Cortar a parte superior dos tomates (tirar a tampinha), retirar as sementes interiores de modo que se faça um copinho com o tomate. Polvilhar dentro deles a pimenta, o sal, cobrindo com um fio de azeite cada. Tirar os grãos cozidos do milho, refogá-los em cebola, alho e azeite. Juntar ao milho algumas colheres de maionese e salsinha picada. Rechear os tomate com a mistura e servir como entrada.


POROTOS GRANADOS (minha adaptação)

2 espigas de milho verde
400 gr porotos granados
8 folhas de manjericão
1 tomate grande maduro
400 gr de abóbora (usei a japonesa)
1/2 cebola picada
1 dente de alho picado
Manteiga
Pimenta
Sal
Ají de color (eu substituí por um pouquinho de colorau)

Ralar os milhos. Dourar a cebola e o alho na manteiga e refogar com o tomate picadinho até dissolvê-lo. Acrescentar os feijões cobertos de água para cozinhar durante aprox. 10 minutos e em seguida colocar a abóbora cortada em cubos para cozinhar junto (colocar água até cobrí-las). Depois de tudo cozido, separar a abóbora e acrescentar na panela com os feijões o milho ralado e o manjericão cortado. Mexer enquanto cozinha. Colocar de volta a abóbora amassada e acrescentar sal, pimenta e o ají de color (coloquei colorau).


Eu coloquei um pouco de paio para completar, porque serviria como prato principal, mas isso não estava na receita original!